Domingo de manhã, o sol brilhava no céu azul de Barcelona, sem necessidade de filtros que lhe avivassem a cor!
Optamos por atravessar o Parc de la Ciutadella que é tão bonito quanto agradável para passear. Havíamos acordado tarde, depois da estafa do longo dia anterior, e falhamos o pequeno almoço (mas também não perdemos nada!).
Sem pressas, com o torpor típico de uma manhã que se quer espreguiçada, seguimos olhando, contra o sol, que nos aquecia, tudo à nossa volta sem a preocupação de saber nomes. Apenas apreciávamos!
As alamedas de árvores robustas, que se encontravam despidas, diziam-nos que ali ainda era inverno, apesar do ameno do ar e da alegria das cores à nossa volta, levaram-nos ao Jardim Zoológico de Barcelona.
Como a fome apertava, sempre aperta um pouco mais quando temos miúdos a perguntar “Aqui, pode ser este?” ou “Não aguento mais, estou a morrer de fome!”, decidimos adiar a visita aos animais e avançamos para o Colombo.
Iniciámos o percurso do Passeig de Colom, paralelo ao mediterrâneo, onde fica a marina e o inicio da Barceloneta, bairro marinheiro.
As ruas perpendiculares são um contraste absoluto com as grandes avenidas. Estreitas, escuras, misteriosas deixam-nos adivinhar as rixas de jogo ou disputa de mulheres de vida por estivadores e mareantes de passagem.
Porque se percebe que por aqui todos têm lugar e todos são tolerados … ou, pelo menos, assim todos o desejam! Desde os que chegam e partem aos que nascem e permanecem. Assim foi desde sempre!
Avisto o Colombo ao fundo. Imagino-o a apresentar os seus planos de aventureiro aos reis católicos prometendo-lhes a India e chegando às Américas.
Por afinidade, eu gosto de Cristovão Colombo e mais ainda do que ele representa, pelo menos para mim, numa abordagem imediata, cada vez que me lembro do seu percurso, sei que os obstáculos existem mas não nos impedem de nada. Acreditar e Realizar é o meu caminho e foi o de Colombo também.
Já sentados e a matar a fome, como se eles soubessem o que é fome, fomos brindados com uma exibição de dotes. Atiravam os meus “E se agora, ele se desmascarasse e fosse o Cristiano Ronaldo?”
Era bom, era!
mh