E depois da Tolerância, eis que me visto de Liberdade!
Lembro-me de ter pouco mais de seis, talvez sete anos, e como todas as meninas dessa idade ter um (ou vários) biquinis de praia de duas peças: a famosa parte de cima e a parte de baixo! Eu nunca usei a parte de cima. Detestava! E se nua pudesse andar, que feliz ficava!
Mais tarde, já adolescente, usava saias cinto (sabem o que é, não sabem?) e batom vermelho. Havia quem achasse mal. Que ficava mal! Mas eu usava porque gostava. Depois fiz uma tatuagem com um morcego, símbolo da minha juventude boémia. Para sempre. Para nunca me esquecer de quem fui com vinte anos. Mais mulher, a saia cresceu e os decotes tornaram-se generosos. Tem sempre de haver uma compensação!
Hoje não mudou muito! Não gosto de ter símbolos que me indiquem a falta de liberdade. No aspecto mais imediato, o visual, sinto-me com liberdade para ser sempre eu mesma! Não me rendo a modismos. Nem servilismos. Hoje gosto disto, e se amanhã deixar de gostar, não há problema. Ao pormenor, embora geralmente use a parte de cima do biquini, continuo a não usar soutien. Cinto, quando uso, é para compor o visual. Correntes ao pescoço nem pensar. E aliança também não uso!
Sou livre. E se ideias e pensamentos quiser falar, sou mais livre ainda!
Poder pensar, decidir, escolher, chegar, partir, ficar, querer, amar, trabalhar, comer, beber, dormir quando e como quero, é-me realmente essencial. Com isto não me demito das minhas responsabilidades. Nunca! Apenas sei que estou como quero, com quem quero, do jeito que quero. Livre!
Eu sou eu. E sou de quem me dou. Inteira. Sem marcas, sem nomes, sem símbolos. A minha liberdade é fundamental como ar que respiro. Por isso sou assim!
Mas este estado eu conquistei-o. Para ter esta liberdade abdiquei de muitas outras coisas. Que não passam disso. Coisas. Abdiquei de segurança laboral. Abdiquei de uma conta bancária recheada. Abdiquei de algumas pessoas (que não são coisas, mas que me retiravam a liberdade de ser feliz!). Abdiquei de ser uma senhora crescida, com certezas firmadas e cheia de amarras. Abdiquei, como sempre se tem de fazer quando se quer liberdade.
Sou livre. Sinto-me livre. E esta é uma das minhas maiores conquistas!
mh
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