Verifiquei que não escrevo há alguns dias no blog. Demasiados, penso!
Venho cá todos os dias. Todos os dias o tento melhorar, organizar. Depois penso que se um cacto sobrevive no deserto eu decerto sobreviverei neste marasmo de escrita. Não tenho tido tempo, confesso! Mas isso é um problema meu.
Vou vos dizer, tenho feito tantas, mas tantas coisas, que decidi que escrever no blog podia esperar. Não sei se pode. É um risco que corro. Mas, de riscos sei do que falo! Acho …
Quando comecei o blog Viagens da Helena (nem se chamava assim) não sabia que hoje estaria aqui a escrever este artigo.
Não sabia o que ia viver na minha sonhada viagem ao Brasil.
Não sabia que voltaria mais perdida que encontrada. Não sabia que precisava de respostas.
Não sabia que não iria ao Carnaval da Sapucaí, mesmo que tivesse comprado as passagens de avião e a fantasia da Mangueira (que por sinal ganhou!).
Não sabia que de um dia para o outro lá voltaria pela mão de um anjo.
Não sabia que era possível os opostos conviverem tão bem.
Não sabia de nada.
Não sabia que ia viajar por cá, por lá, por tantos lugares, e não escrever no blogue tudo o que tinha feito, onde tinha dormido, onde tinha comido, onde tinha subido, onde o que quer que fosse.
Não sabia que iria certificar-me em Storytelling com o mestre da escrita, James McSill. Não sabia que a minha história eventualmente pode ser apenas a minha história e não interessar a ninguém. Se não for útil e objectiva.
Não sabia que o querido Augusto Uchoa, um brilhante orador criativo, seria tão generoso comigo e numa tarde de Agosto me iria mostrar uma revelação que eu conhecia tão bem e não lhe sabia dar nome.
Não sabia que ia apostar tudo numa formação profissional e internacional de Coaching.
Não sabia que aquelas treze pessoas iam entrar na minha vida que também ia ser delas cada vez que eu a partilhasse.
Não sabia que ia participar de um programa feminino extraordinário que me transportou para uma dimensão plena de mim mesma, enquanto mulher, que não tem limites.
Não sabia que, lá longe, a Lari e o Bruno iam ser os meus guias inspiradores assim como toda uma comunidade de gente desperta para a vida.
Não sabia que ia conceber um conceito a partir de uma paixão.
Não sabia que ia transformar o conceito no negócio da minha nova vida (que eu tenho várias).
Não sabia que mais uma vez descobriria nada saber. Não sabia que ia voltar à sala de aulas e aos estudos exigentes, complexos e diários.
Não sabia. Não sabia nada.
Não sabia sequer que ia escrever este artigo.
Mas uma coisa eu sei. Ah, isso eu sei! Que tudo o que não sei está escrito algures. E que este caminho eu vou percorrer até ao fim.
mh