Eu li o livro em 2008. Passaram-se 7 anos. Foi um ano difícil na minha vida. Tinha dois filhos lindos que amava como à própria vida. Tinha saúde. Tinha trabalho. Mas não tinha alegria. Não me sentia amada. Não me sentia compreendida. E acima de tudo, sentia-me só.
Via a Oprah diariamente (sempre me senti próxima daquela cultura televisiva americana, a vida é um show!) e conheci a Liz Gilbert, a sua história contada sobre os vários episódios da sua vida, e corri a comprar o livro. Os seus dramas eram os meus. Também eu chorava até às entranhas, sufocada, no chão frio da casa de banho. Também eu me sentia vazia. Também eu queria fugir da minha vida, tão imensa de sonhos, e tão mesquinha de realidade. Que ingrata!
Bebi sofregamente cada palavra fácil de uma história simples quanto transformadora. Eu ia fazer como ela. Eu ia partir. E inspirada renovei todas as forças que necessitava para dar a volta à minha vida. Não foi tão romanceado, nem tão rápido como o best-seller.
Mas HOJE é realidade e HOJE eu vou. E sei que vou inspirar outras (e outros) a viverem a sua vida livres e verdadeiros nos seus propósitos.
Não largo tudo. Tudo permanece. Todos me aguardam. Vou livre. Com o orgulho dos meus filhos. E admiração do meu marido. Vou porque eles, que também sou eu, sabem que necessito de ir para respirar. Para ser. E vou porque só solta lhes posso pertencer.
Vou comer, rezar e amar pois é um triângulo redondo que encerra a minha essência. Vou voltar também. E vou voltar a partir. E vou ser mais eu mesma.
mh
PS: Não uso artigos de outros para reflectir o meu pensamento, mas alguns outros são, sem dúvida, espelho das minha palavras. Ale Garattoni é uma verdadeira inspiração e profissional deste meu novo mundo virtual. Procurem saber!
http://alegarattoni.com.br/quem-mudou-de-vida-por-conta-de-comer-rezar-amar/