O dia havia sido pleno de sol, areia, mar e muita paz e sossego. Acabava com o astro rei a ser recebido pelo mar para dar lugar à noite. E, no breu, desci pelo caminho íngreme de terra com apoio da luz de mão, que nem a lua me iluminou lá do alto, para vir … Continue a ler Acarajé com Pimenta
Acordei com o sol alto, seriam umas seis das manhã e estavam vinte e seis graus. Os deuses por estes lados sabem fazê-los e que bem os fazem, os dias! A vista do meu alpendre era esta e ao fundo ouvia de perto o mar que calmo apresentava a previsão do dia. Tomei um café da … Continue a ler Praia da Cueira
Cheguei na pousada O Céu de Boipeba que ficava bem lá no alto da ilha. E sendo o ponto mais alto da ilha era bem perto do céu. Estava estourada da subida agreste, do calor intenso, do pó colado à pele, da viagem longa, do cansaço das horas acordada que se fazia sentir. Entrei e, … Continue a ler O Céu de Boipeba
Ao aproximar-me das margens comecei a ver a singeleza das coisas que beiravam o Rio Inferno. E que nome tão antónimo de tudo o que ali estava! Os barcos de marinheiros, pescadores de uma vida inteira, de uma única vida, descansavam de um dia de faina e embelezavam o cenário encantado. Ali anunciava-se que "Todas … Continue a ler Boipeba, perdida no tempo
O cansaço deste longo dia fazia-se evidente neste instante. Mas muito ainda me iria surpreender. O impensável estava tão perto!
A viagem de Salvador a Itaparica duraria cerca de uma hora e a conversa fluía solta partilhada entre sorrisos amigos.
E assim foi, nada me disseram. Apenas que tudo estava dentro de mim. E isso já eu o sabia.
Aqui tudo se sente de forma intensa, aqui não se precisa ver para crer, aqui o que é de lá vem p´ra cá e não precisa de explicação, aqui tudo tem um jeito especial de ser!
Na magia do fim do dia, o pôr do sol chegava paralisando-me. Queria que aqueles instantes durassem para sempre pois nada se compara à beleza da natureza que se renova a cada dia como se de oportunidades se tratasse.
Olhava de cima a Cidade Maravilhosa dourada, iluminada, e eu competia com ela, segura de mim, em estado de graça, com a beleza natural e arrebatadora. Era assim que o Rio me fazia sentir , linda! E o Rio, ah, o Rio continua lindo!
Fomos seguindo a orla, a marginal, começando na Barra, avistando o Farol, onde Salvador se transforma numa mulher de curvas elegantes e cabelos dourados, que bela é!
“(...) Assisti de uma janela ao começo da festa, não tive condições de ficar até o fim, o coração tem seus limites”, Jorge Amado.
A minha ligação ao Brasil é de raça negra, é de navios negreiros, é de escravos, é de passados longínquos, mas é também de redenção, de perdão, de paz. Tudo fazia sentido!
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