Brasil é história. É parte da nossa história portuguesa. E eu tenho um carinho muito especial por algumas personagens históricas. De todas, a que destaco, é Isabel de Bragança, Princesa Imperial, a Redentora.

Mas eu não vou aqui desfiar a sua história (fica para outra oportunidade), hoje vou apenas contar-vos porque Isabel é tão acarinhada pelo Brasil e pelo seu povo.

Após a morte dos seus dois irmãos, Isabel passa a ser a herdeira de D. Pedro II, seu pai. Embora não gostasse de política e não tendo sido preparada para assumir o trono, Isabel foi regente do império, por três vezes, na ausência de seu pai.

Na terceira e última regência, a 13 de Maio de 1888, Isabel, defensora absoluta da abolição da escravatura, assina a Lei Áurea  que acaba definitivamente com a escravidão em todo território nacional. Vindo mesmo a afirmar estar “mais do que convencida de que alguma ação precisa ser feita” para expandir o programa de emancipação. E assim foi.

Em reconhecimento de tal atitude humanista, o Papa Leão XIII confere à Princesa a condecoração Rosa de Ouro pela sua lealdade ao princípios cristãos.

No ano seguinte, em 1889, a monarquia brasileira foi abolida, após sofrerem graves represálias e perderem o apoio dos grandes fazendeiros, e a princesa e a sua família foram exilados para a Europa. Despede-se do Brasil assim …

“É com o coração despedaçado pela tristeza que me despeço dos meus amigos, de todos os Brasileiros, e do país que eu amei e amo muito, e da felicidade que eu tenho lutado para contribuir e pela qual eu vou continuar a manter as mais ardentes esperanças.”

mh