A primeira vez que, de repente, vi o Museu do Amanhã, na renovada Praça Mauá, junto ao Porto Maravilha, fiquei extasiada. Não pensem que é exagero, não é!

Particularmente, gosto de Calatrava e gosto de olhar e o identificar. Claro que pensarão na Estação do Oriente, em Lisboa, e pensarão bem, porque no imediato foi o que vi. Depois, depois vi muito mais. Vi o Futuro!

As suas linhas brancas rasgadas no horizonte do Rio de Janeiro, cidade quente, muito quente, dão-nos uma sensação de frescura e, a mim, de esperança. Santiago Calatrava, o arquitecto e engenheiro espanhol, disse que se inspirou nas bromélias do Jardim Botânico do Rio de Janeiro ao projetar o edifício. Talvez! Eu vejo futuro por onde quer que eu olhe dentro e fora do museu.

A pretensão do Museu do Amanhã é inaugurar uma nova geração de museus de ciências no mundo, sendo considerado “de terceira geração”, com uma concepção que o posiciona como o primeiro museu global de “terceira geração”.

A “primeira geração” de museus é voltada para os vestígios do passado, como os museus de história natural.

A “segunda geração” busca difundir as evidências do presente, como os museus de ciência e tecnologia.

A “terceira geração”, destina-se a expor as mudanças, perguntas e a exploração de possibilidades futuras para a humanidade. É neste último conceito que se encaixa o museu carioca.

Eu fui visitar o museu numa terça feira, o que coincidiu com o dia gratuito, o público era diversificado e, apesar de ser muito, não enfrentei filas pois tudo corria fluido. Muitos grupos escolares davam ao ambiente um ar leve e curioso, depois turistas, brasileiros e estrangeiros,  e também, em grande número, cariocas, aposentados ou não, todos se moviam com grande à vontade perante aquele universo de magia. Fiquei deslumbrada com a tecnologia avançada e interactiva.

A cada visitante era dado um cartão magnético que interagia com os múltiplos quadros individuais ou colectivos que se abriam em informação e imagens e videos que tornavam toda a aprendizagem muito interessante. Senti-me uma criança em busca do novo e mais uma vez chegava ao futuro, ao amanhã!

O Museu do Amanhã é um espaço que nos recebe com inteligência, aproximando-nos, questionando-nos, fazendo nos reflectir perante a realidade do hoje que, penso eu, raramente se apresenta tal qual é, fazendo nos esquecer que o agora é a passagem do depois. Lemos na mensagem de recepção O Amanhã não é uma data no calendário, não é um lugar aonde vamos chegar. O Amanhã é Hoje.

E leva-nos a ao Pensamento

Que nos situa no tempo

Que não é tão distante

E que é nada mais

Senão para onde vamos

E como queremos ir

Será bom termos respostas transparentes, que reflitam o nosso EU como um todo desta nossa HUMANIDADE que é a ÚNICA que temos

E sejamos capazes de um FUTURO melhor

De transformar cada passo do que pretendemos HOJE numa consequência refletida e conseguida para o AMANHÃ

mh