Precisei dos últimos três dias para voltar atrás. Para realizar o porquê de tudo isto. Isto que nada mais é do que um exercício narcisista dos meus próprios sonhos. Isto que me disciplina. Isto que me transporta para outra dimensão. Isto que escrevo.
Esta viagem foi, e insisto em a perpetuar, uma viagem de sonho. Mas pensei, de repente, que esta não havia sido a primeira viagem fantástica que havia feito. E que tenho sido muito bafejada de privilégios ao longo da minha vida. Logo aí esbarro com a dita felicidade.
E a felicidade é um horizonte que vislumbro, cada vez mais, em cada pequena coisa que é ou acontece no meu dia-a-dia. E por isso pausei para reflectir.
Ao ler as dezenas de páginas que escrevi, ao longo destes quatro meses, apercebo-me da apologia insistente de uma felicidade constante em cada sorriso, em cada olhar, em cada momento. E paro. E penso. E sei.
Caramba, eu sou mesmo feliz! E esse é o maior privilégio que tenho. E eu tenho esta coisa de encontrar alegria em tudo, em cada desastre a salvação, em cada falha a aprendizagem, em cada perda a oportunidade.
Em paz comigo, vivo num turbilhão de emoções e sensações, que tantas vezes me perdem, que tantas vezes me indicam o caminho, que me fazem como sou, sem tirar, nem pôr.
E assim apresento Tassimirim que, de tudo o que poderia dizer sobre esta praia de encantar, me faz ficar pela felicidade de lá ter estado, de ter sentido a água quente nos banhos de mar, a areia suave sob os meus pés, o vento nos meus cabelos.
O sol a dourar-me a pele e a infinita gratidão por saber correr atrás de tudo o que acredito ser o melhor para mim (mesmo quando parece que não é) e nunca, nunca ter desistido dos meus sonhos!
Que são imensos! Que são meus! Que inspiram quem se quer encontrar! Quem quer ser feliz!
mh