Chegava a hora de deixar o esperado e partir para o apenas imaginado. Embarcava no ferryboat Dorival Caymmi e isso era já de si um bom prenúncio!
O ferry ia cheio de carros, motas, camiões, mercadorias, mulheres, homens, crianças. Uns iam a trabalho. Outros a passeio. Ia cheio de vida!
A viagem de Salvador a Itaparica duraria cerca de uma hora e a conversa fluía solta partilhada entre sorrisos amigos.
O regressar ao mar foi por instantes nostálgico e fez-me retroceder nos dias. Afastei as lembranças e dispus-me ao presente.
Partiria depois de carro com o Fábio que me iria levar de Bom Despacho a Valença, percorrendo a BR1, pela Costa do Cacau, com o verde da mata atlântica sempre ao nosso lado, durante duas horas. O tempo era contado e valeu-nos a estrada, boa e desimpedida.
Chegados a Valença, corri para a bilheteira onde comprei o bilhete de ida e volta, de barco a motor, o último para Boipeba. Eram quatro horas.
Enquanto isso, fui recebida por um Carnaval improvisado por alunos que festejavam o fim do ano escolar! E aí lembrei-me dos meus alunos, que ficaram, e que preparavam o início do deles. Onde quer que se vá, leva-se sempre quem se deixa.
mh