O Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi mandado construir por D. João VI, no início do século XIX, no período em que a Corte Portuguesa se instalou no Rio, por causa das invasões francesas na metrópole. Esta transferência trouxe à cidade grandes oportunidades e melhorias

Uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade, é um exemplo da diversidade da flora brasileira e estrangeira. Nele podem ser observadas cerca de 6 500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas.

Em traços gerais, este é um resumo muito resumido do muito que podemos encontrar no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. E visitar este éden, e acreditem, não é exagero, é renovador e um privilégio!

Para mim, foi o encontro com o verde, com todos os tons de verde, que cinquenta não seriam suficientes! Local de reflexão e contemplação por excelência, é a paz e a tranquilidade que todos procuramos na natureza.

Antes de iniciar o meu passeio por toda esta beleza plantada, parei para almoçar no simpático La Bicyclete e tive uma das melhores surpresas que esta viagem me reservou.

Enquanto saboreava um simples, leve e agradável almoço, notava em duas senhoras sentadas na mesa logo ao meu lado. Conversavam, olhavam no “celular”, riam, olhavam à volta, bebiam um sumo muito escuro, que já nem me lembro de quê, e comiam também qualquer coisa leve.

Do nada, a conversa surgiu e a empatia nasceu ali. Na verdade, não foi do nada. Foi do quanto o telemóvel nos rouba dos momentos reais! Mas não há nada que aconteça que seja do nada. Pois tudo tem uma razão. Assim o creio. As energias positivas e iluminadas de F. e R. uniram-se à minha alegria, à minha felicidade, e juntas partilhamos um encontro puro.

Depois daquele momento tão especial, cada uma seguiu o seu caminho, não sem antes trocarmos contactos, e então, ali, a diversão foi garantida, queria sentir o vento na cara, queria até correr se pudesse, queria rir alto … queria ter a sensação de ar puro, de beleza, de liberdade que por estes lados se vive.

Caminhava para o encontro com a criatividade animal … desde um carreiro de formigas atarefadas a carregar os seus mantimentos, um pássaro que constrói o seu ninho, a água que serpenteia as pedras até pousar serena no seu leito … era inspiração pura!

E mais uma vez agradecia, agradecia!

mh