Borboletas

Já quase não consigo respirar, a barriga embrulha-se e um arfar toma conta de mim a adivinhar o medo.

Não tenho medo, tenho muito medo, de tudo o que quero, que desejo, se vir a tornar realidade. Sei que ninguém comanda a minha vida senão eu mas, mesmo assim, esta liberdade de escolha sem travões, sem chatices, sem arrependimentos é demais! Senti-la no rosto, nas mãos, nas malas, nos bilhetes de ida é estonteante. Ainda não sei bem o que é, sei que me atordoa!

As malas continuam em preparação … já pus tudo, já tirei tudo, já separei por cores, tipos e funções, já roguei mil pragas, já me arrependi do tamanho da mala que comprei, já peguei na mochila velhinha, já desisti da mochila. Amanhã fica pronta, dê por onde der!

Agora vou ouvir Cartola, na voz do Zeca, que adoro, e da Marisa, que venero, e vou-me lembrar porque é que tudo isto começou …

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

mh

5 thoughts on “Borboletas

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