Eu adoro estar só. Não sozinha, mas só comigo mesma. Se estiver com quem me faça rir, com quem me faça sentir bem, melhor! Até prefiro! E depois há a improbabilidade! O Gustavo é esse improvável!E é giro! E fala pausadamente!
Conheço-o há anos. Do tempo que estava entre a idade dos meus filhos. Calado, tímido até, ele é filho de amigos queridos, por quem tenho grande estima. O pai é fazedor de vinho, entenda-se enólogo, homem extravagante que se vem tornando um caso sério com a idade, transformou-se num pai que se faz presente, e que faz Vinho do Porto e tintos e brancos de encher a boca e a alma. A mãe, professora, linda, parece estar sempre nas estrelas, mas não está, só não tem filtros, e por isso a vejo pura. Ambos nascidos no Porto burguês da Foz, trocaram-no por Covas do Douro, onde fazem nascer o néctar. E fizeram nascer o Gustavo, que é do Porto e também do mundo por onde gosta de girar! E isso agrada-me!
Eu já sabia que o ia chamar, na verdade nem era para este trabalho no Curia, mas para uma série de videos que tenho em ideia fazer. Mas depois decidi que não bastava o instante captado, necessitava das imagens vivas, em acção. Ainda não as vi. Confio em pleno no trabalho dele (e não tenho outro remédio). Se me captar como sou, tenho ganha esta audácia.
Em breve, por aqui.
mh