As coisas nem sempre são o que parecem. Não faz mal. Antes as coisas que as pessoas.
Bem, mas as pessoas também não são o que aparentam ser. Não é que seja bom, nem mau. É que enganam. A si. Normalmente.
Vou respirar fundo! Agora sim.
Uns são do tipo calmos. Mentira. O calmante é que acalma.
Uns são do tipo ricos. Mentira. O cartão de crédito é que paga.
Uns são do tipo tristes. Mentira. A timidez é que manda.
Uns são do tipo bonitos. Mentira. O photoshop é que retoca.
Uns são do tipo coitados. Mentira. A sovina é que fala mais alto.
Eu sou do tipo eu.
Não sou calma. Nem tomo calmantes.
Não sou rica. E pago tudo com cartão de crédito.
Sou exageradamente alegre, como só os ridículos sabem ser. Rio de mim também.
E a timidez não quer nada comigo. Às vezes, a solidão espreita e eu convido-a a entrar. Começo a gostar dela.
Sou também triste, mas porque adoro um bom drama.
Não sou bonita, nem feia. Sou o espirito da hora que é quem faz a beleza se revelar ou se esconder feito caracol.
E não, não sou coitada porque não sei queixar-me e vivo com o que tenho, agradecendo.
Corro atrás do que não tenho e, no fim, dou sempre uma gargalhada porque ando de bem com a vida e não receio olhos gordos, nem maleitas, nem coisas verdes.
Eu sou do branco. Sou do azul. Sou da paz.
E depois, bom, bom é ter tempo para respirar fundo e seguir em frente. Sem tipos.
mh
*A imagem é do andamdizendo.tumblr.