A arte de imaginar é infinita e na sua imensidão há quem se perca mas há também quem dela fuja. Atribuem aos tolos a imaginação fértil, o absurdo, o impossível, o demasiado, e com certezas de papel seguem, esses que se dizem sãos, a realidade baça, a mente quadrada, o possível que se merece, o quanto-baste que se tem. Nada disto sem ordem certa ou proporções ajustáveis.
Eu pertenço ao mundo dos tolos. Sou tola porque sonho. Sou tola porque rio alto. Sou tola porque amo. Sou tola porque ando em contramão. Sou tola porque quero. Sou tola porque gosto. Sou tola porque posso.
Poder é o verbo que mais nos liberta. Não o Poder nome. Esse aprisiona. Mas eu posso, tu podes, ele pode, nós podemos, vós podeis, eles podem é absolutamente libertador. É uma gaiola de porta aberta de onde se sai e se entra com a vontade de quem sabe que nada o pode prender.
mh