Eu tenho mil e um planos. Tenho capas de lombada larga cheias de passado e pastas transparentes etiquetadas de futuro. Tenho pequenos cadernos vermelhos, pretos, lisos, escritos, com linhas, em branco. Tenho lápis de carvão de bico fino e grosso, borrachas que não deixam marcas e canetas de tinta de todas as cores. Eu necessito planear. De achar que controlo tudo. De ter horas marcadas, dias previstos. Antes de tudo.
Eu sei, depois, que não uso relógio, sequer olho o calendário. Que não me controlo nem a mim. E que, no meio de tantos planos, nada farei senão o que me der vontade. Agora.
mh
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